Sobre o evento

Ficção científica, literatura fantástica, cartoons, inteligência artificial e grafites urbanos são o mote da coletiva Era de Atari, exposição que abre ao público no dia 27 de maio, sábado, na Lona Galeria. A coletiva tem a curadoria de Renato De Cara, jornalista, fotógrafo, consultor e curador de arte do Paço das Artes/SP.

A exposição, que agrupa trabalhos dos artistas Daniel Malva, Martin Lanezan, Oswaldo Ruivo, Pezte e Rodrigo Seles, traz uma poética de acúmulos e camadas influenciadas pela cultura pop em diálogo com as questões e aflições contemporâneas. São fotografias, desenhos, pintura, têxtil e objetos que refletem em uma experiência imersiva sobre a produção dos artistas plurais e inventivos, a partir de elementos importantes que ajudam a refletir a ambiguidade contida na metafísica e universos paralelos dos games.

Texto Crítico

“A partir do trabalho visual do motion e grafic designer Rodrigo Seles, representado pela Lona, pensamos uma coletiva onde reuniremos artistas visuais que pensam suas narrativas a partir dos mundos da ficção científica, dos personagens dos cartoons, da inteligência artificial e da sobreposição dos grafites de rua. Uma poética de acúmulos e camadas influenciadas pela cultura pop em diálogo com as questões e aflições do nosso tempo. Se a ficção pode dizer tudo, tudo pode ser igualmente dito de várias maneiras. Chatbots, Deep Learning Data Science,  Generative Pretrained Transformer e tantas outras expressões abreviadas circulam por transmissores virtuais. Por isso estamos confusos e não há nenhum problema nisso. A rotina fica gravada na retina e nos transporta para universos paralelos onde o jogo nunca termina. Códigos invisíveis e mobs assustadores passaram a ser nossos parceiros nas janelas abertas dos dispositivos tecnológicos. Sabendo que os videogames podem viciar pela liberação excessiva de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer, aproveitamos os estímulos para nossa felicidade. Para muito além da distração, já é comprovado por pesquisas que os jogos ativam áreas de bem-estar no cérebro e ainda ajudam no desenvolvimento de determinadas funções com benefícios para o raciocínio, convívio social e até para as emoções. Segue o jogo. O título sugerido se apropria do nome do primeiro vídeo game popularizado ainda no final dos anos 1970 e também da prometida Era de Aquarius, da ciência astrológica. O resto será história.”  (Renato De Cara)

Obras do artista:
“Repetitiva batalha” 2016
55 x 59 cm
Acrílico, pastel e marcadores sobre tela

“Human” 2016
80 x 60 cm
Acrílico e marcadores sobre tela

“Capitalismo” 2016
100 x 214 cm
Acrílico, pastel e marcadores sobre tela

“Perdendo a class” 2016
59 x 79 cm
Acrílico, pastel e marcadores sobre tela

E a pintura completa da fachada, com assistência de Carlos Algot, onde buscou referências dos artistas da exposição.